sábado, 1 de janeiro de 2011

amo-te









Parece que foi ontem quando vi o teu rosto, apercebi-me de que não ia ser para sempre, mas fui embora. Se soubesse apenas o que sei hoje, tinha-te segurado nos meus braços, tinha tido a hipótese de te agradecer por tudo o que tu és, tinha te roubado um beijo que nunca mais irias esquecer, não há nada que eu não fizesse, para ouvir a tua voz mais uma vez. Às vezes eu quero te ligar mas eu sei que não será a mesma coisa. Desculpa por te culpar de certas coisas, por tudo que eu não pude fazer. Agora eu sei que me magoei a mim mesma e a ti  $: Há dias em que me sinto destruída por dentro, mas não vou admitir. Às vezes, eu quero apenas esconder, porque és tu que me fazes falta :c Se eu tivesse feito tudo o que queria, ias dizer-me que eu estava errada? Acredita que não há nada que eu não fizesse para ter apenas mais uma oportunidade de te olhar nos olhos  $:


tu chegas-te. não me eras nada, não eras ninguém. agora és tudo.
senti a tua falta e tornaste-te muito. e agora?
agora amo-te.

Rir é o melhor remédio (:

BURACO DI FUMASSA, DIA DA LUA NOVA DO MÊS DO CHUVA DESTE ANO .
MEU QUIRIDO BASTIÃO :
Sou eu qui te estar a escrever. Eu num querer te dizer tua pai moreu, por qui meu pessoa num querer dar desgosto, mas morer moreu mesmo parava de onra.
O nosso ierra estar passando coisa esquisito, carcura cu pessoas qui nunca ter murido estar morendo agora.
Nuler de Ti Paurino já pariu minino, mas Ti Paurino estar esconfiado e diz qui minino não ser dêre porqui ele ter um perna di pau e um perna, e minino nascer com dois perna verdadeiro mesmo.
Tonico querer casar com Mariquita, mas os pai num querer por qui eres firmar ser pirimo, e pirimo com pirima pode sair firo anarfabeto.
Firo de Ti João ter engorido sete e quinhenta, já cagou cinco escudo, farta cagar meia cinco.
Os branco agora estar fazer rua nova. Ter passeio dum lado e passeio dum outro lado e os rua passar mesmo no meio. Branco ter esperto nos cabeça.
Escurpa os carigrafia, mas eu andar bem rouco e os palavra num sair bem. Escurpa num mandar vinte escudo, qui me emprestaste, mas eu já fechou os carta.

Teus pirimo quirido,
JONGO.

Dá-me Guitarra (:

Foi presunção nossa? Talvez…
Passar por esta contrariedade
Sem remoer nos “porquês”
E mantendo alguma vaidade.

Será culpa tua? Jamais…
O guião já tinha sido escrito
E neste mar de vendavais
Nunca te ouvimos um grito.

Se isto faz sentido? Sei lá…
A incerteza não nos conforta,
Mas o que a vida nos dá
Não é a única coisa que importa.

Amanhã será melhor? É irrelevante…
Agarrar-me-ei esta madrugada
A algo insignificante,
Que me manterá motivada.

Da tua perda, já sei o sabor
E já chorei toda a nossa saudade,
Ao despedir-me, pedi-te um favor…
Volta p’ra nós e volta de verdade.

Não quero ficar a sós
Com este amor que nos amarra
Acompanha a minha voz
E dá-me guitarra.

Já nos vejo renascidos
Numa azáfama tranquilizadora
Com projectos enriquecidos
E a tua mente mais sonhadora.

Os afectos, mais frequentes
E bem próximos do que eu sonhara.
Os receios? Estão ausentes.
A ferida dói, mas também sara.

Da tua perda, já sei o sabor
E já chorei toda a nossa saudade,
Ao despedir-me, pedi-te um favor…
Volta p’ra nós e volta de verdade.

Não quero ficar a sós
Com este amor que nos amarra
Acompanha a minha voz
E dá-me guitarra.


Catarina Gonzalez Feio
24 de Julho de 2010

Poema escrito para António Feio pela sua filha Catarina. Não o chegou a ler. Está a ser musicado e vai integrar o primeiro álbum de originais de Catarina Feio.